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Bizarra Teoria da Terra oca


por incrível que pareça, apesar de todos os estudos, medições, provas e conhecimento disponível sobre a composição do nosso planeta, existe uma teoria maluca de que a Terra seria oca. E o pessoal que defende essa ideia trata esse assunto com bastante seriedade, tendo inclusive lançado páginas na internet, artigos e livros dedicados inteiramente a esse tema.
A Teoria da Terra Oca circula pela comunidade científica há alguns séculos, e um de seus primeiros defensores foi Edmund Halley, que lançou sua versão da teoria no século 17. O sobrenome soa familiar, não é mesmo? Bem, foram os cálculos de Halley — um respeitado astrônomo britânico — que determinaram quando o cometa que recebeu o seu nome passaria novamente próximo à Terra.

Habitantes no interior do mundo



Halley era fascinado pelo campo magnético do nosso planeta, e percebeu que a direção do campo variava ligeiramente com o tempo, o que o levou a argumentar que isso somente seria possível se existissem vários campos magnéticos. Foi então que o astrônomo concluiu que a Terra era oca, e que ela — para poder explicar as variações no campo magnético — era composta por quatro esferas, uma localizada dentro da outra.
O astrônomo também acreditava que o interior da Terra era habitado e que existia uma atmosfera luminosa lá dentro e, para Halley, as auroras boreais ocorriam quando os gases dessa atmosfera interna escapavam pela crosta terrestre. Com o passar do tempo, outros teóricos acabaram adotando as ideias de Halley, cada um acrescentando suas próprias teorias à ideia original.
Entre as ideias que foram surgindo, o matemático suíço Leonhard Euler substituiu a teoria das quatro esferas pela ideia de que existia apenas uma camada oca no interior da Terra. Ela inclusive contaria com um sol de quase mil quilômetros de extensão, que ofereceria luz e calor à civilização avançada que vivia ali. E, mais tarde, o matemático escocês John Leslie propôs a ideia de que existiam dois sóis em vez de apenas um.


Defensores fervorosos
Um dos maiores defensores da Teoria da Terra Oca foi o norte-americano John Symmes, que, além de acreditar que o nosso planeta era oco, dizia que existiam duas entradas nos polos terrestres — com quase 6.500 e quase 9.700 quilômetros de diâmetro respectivamente — para esse mundo interior.
O governo dos EUA inclusive enviou uma expedição à Antártida para encontrar a tal entrada e, apesar de os exploradores não terem encontrado nenhuma abertura, eles acabaram descobrindo evidências de que aquela região do planeta não era apenas formada por uma imensa calota de gelo, mas sim que era um continente.

Mamutes e sociedades secretas



No século 19, a descoberta de um mamute na Sibéria serviu de evidência para a teoria, e Marshall Gardner — outro defensor da ideia — dizia que o animal havia se mantido tão bem preservado porque havia morrido recentemente, depois de sair pela abertura no Polo Norte e morrer congelado. Gardner acreditava que outros animais tidos como extintos também viviam livremente no interior do planeta, e que os esquimós e os mongóis eram originários de lá.
A Teoria da Terra Oca também está relacionada com o surgimento de uma seita maluca — a Sociedade Vril —, da qual vários integrantes dos altos escalões do exército nazista faziam parte. Inclusive existe a história de que Hitler teria enviado uma expedição à Antártida para explorar o mundo subterrâneo e descobrir as criaturas que viviam ali — conforme acreditavam os nazistas, elas tinham conhecimento sobre como operar naves e viajar à Lua.

De teoria a fantasia



Com o passar do tempo e com as descobertas que foram ocorrendo ao longo dos anos, a Teoria da Terra Oca acabou se transformando em tema de ficção científica e fantasia. Afinal, a geologia moderna aponta que a Terra é composta principalmente por uma massa sólida, nenhuma imagem de satélite ou capturada por sondas ou astronautas jamais mostrou qualquer abertura nos polos, e nenhuma expedição a esses locais revelou qualquer entrada.
Talvez a ideia que apresente mais aspectos plausíveis seja a apresentada no famoso livro de Júlio Verne “Viagem ao Centro da Terra”, no qual ele descreve a existência de cavernas subterrâneas — e não esferas e sóis — nas quais existiam formas de vida. E o livro de Verne não está completamente errado, afinal, cientistas têm descoberto microrganismos e ecossistemas inteiros capazes de sobreviver por milhares de anos em ambientes desse tipo.

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